17 dia - Acabou!!!
O último dia começou bem cedo. Já com tudo arrumado, mala e cuia, o nosso ônibus rumo ao aeroporto de Cuiabá deixou o quartel por volta das 6h. A viagem foi tranqüila, tranqüila mesmo. Todo mundo dormindo no ônibus, demonstrando que o cansaço havia chegado!!
O aeroporto estava repleto de rondonistas. Só se via as camisas amarelas do Rondon... Ali fizemos as últimas despedidas daqueles que iam para outras cidades, e embarcarmos junto com o pessoal de Minas Gerais para São Paulo, cidade em que faríamos a nossa 1ª escala.
Chegamos em São Paulo já sentindo a diferença de temperatura. Ali devia estar uns 17º graus. Nem lembrávamos mais como era isso. Encontramos no aeroporto de lá um dos irmãos da Pastoral, até pensamos que ele havia combinado de nos esperar ali!! Nos separamos da equipe de Minas. Ficamos muito agradecidos a Deus por termos conhecido pessoas tão maravilhosas!! No final da operação estávamos bem integrados e parecíamos quase uma só equipe, uai que trem bão !!
Partimos finalmente para onde tudo começou: Curitiba. Ali tivemos uma pequena intercorrência com a mala do rondonista Vodonis, que não apareceu. Acho que como nós rondonistas, quis ficar mais um pouco em Mato Grosso!!!
Encontramos com o pessoal da Pastoral que nos recepcionou calorosamente. Foi o momento da despedida entre nós rondonistas da PUCPR. Não preciso nem falar que foi um chororô. Não deu para segurar. Foram lágrimas, lágrimas, lágrimas.... para combinar com o céu de Curitiba.
Era um misto de emoções: alegria, tristeza, saudade, senso de dever cumprido, vontade de voltar, necessidade de ficar ... nossa...
Mas sem dúvida, o que trouxemos na bagagem foi muito mais do que levamos. Levamos a nossa vida, nossos projetos, nossas expectativas... e voltamos carregados de amor, de alegria, de amigos, de recordações e de experiências que ficaram marcadas para sempre nesses nossos corações rondonistas!!!
Eu sou rondonista.... com muito orgulho... com muito amor!!!!!!
16o dia – Encerramento Oficial
Às 6 da manhã, todas as nossas bagagens já estavam sendo colocadas no ônibus do Ministério da Defesa para irmos para Cáceres para fechamento geral das operações Tuiuiu. A viagem até Cáceres ocorreu bem. Chegamos ao alojamento por volta das 10h30 e logo em almoçamos arroz a grega, strogonoff, salada, frango grelhado... hum... ficou com água na boca? O nosso grupo(PUCPR + UFVJM)animou o refeitório com o grito de guerra. Todo mundo aprovou com aplausos.
Fomos às 14 horas para o Ginásio de Esportes da Universidade do Estado de Matogrosso em Cáceres. Ali as equipes de cada cidade iriam realizar uma apresentação resumindo as ações realizadas nos 15 dias de operação. Foi um momento de grande emoção. Os universitários foram muito criativos, fizeram teatro, dança, música, discurso, paródias, acrobacias, orações...
Houve um relato emocionado de um professor da UENP que no 2º dia do Operação Tuiuiu teve que ser trazido para Cáceres para realização de uma apendicectomia.
As nossas equipes PUCPR e UFVJM cantaram uma serenata para todos os rondonistas, canção que era cantada sempre que queríamos recepcionar alguém na cidade de Jangada; dançamos o siriri (pelo menos tentamos), fizemos uma homenagem para o Anjo JK que foi maravilhoso conosco nesse período.
O encerramento das operações se deu com o discurso do Brigadeiro Veríssimo que comentou que aquele Rondon havia sido um dos melhores dos últimos tempos, que apesar de todas as dificuldades, as 4 operações que ocorreram em 4 diferentes estados brasileiros, havia sido um sucesso. Então aquele momento que ninguém ali queria enfrentar, mais que era necessário, aconteceu. O Brigadeiro então anunciou: Eu declaro oficialmente encerrada a operação Tuiuiu!!! (que aperto no coração).
Tiramos fotos com as autoridades e depois nos abraçamos e agradecemos uns aos outros pelos resultados obtidos.
O dia tinha acabado. Porém, a noite só estava começando... O Ministério da Defesa ofereceu um jantar para o encerramento das operações.
Ali foi um momento de festa, de confraternização, de alegria misturada com um pouco de saudade... Foi servido um maravilhoso jantar regado por várias músicas populares.
A equipe de Jangada também deu a sua palhinha na festa, cantando e convidando os demais rondonistas a formarem um grande coral com a música: Esta é a última oração, para salvar seu coração... Foi liiiiiiiiiindo!!!
Também aproveitamos a festa para homenagearmos os nossos professores Deyse e Fabiano que foram verdadeiros pais, nos orientando, nos puxando a orelha, nos dando palavra de confiança.... Nós não ficamos órfãos não. Tivemos pai e mãe de verdade!!! Obrigada queridos pais!!!
Até então a nossa equipe não tinha sofrido nenhuma intercorrência. Porém, no retorno da festa para o quartel, o ônibus deu uma freada brusca, e a nossa rondonista Nathali sofreu uma contusão em uma das mãos. Ela foi para o hospital de Cáceres e graças a Deus não havia fratura ou luxação. Porém, precisava ficar de molho com aquela mão e remédio para aliviar a dor.
Mas o balanço final das operações sem dúvida foi extremamente positivo, a sensação que tivemos pode ser resumida numa frase de uma música que foi tocada no encerramento das operações: Valeu a pena, êê, valeu a pena!!!
15o dia - Paraíso
Fomos presenteados pelas autoridades locais com um churrasco que seria realizado em uma represa particular. Chegamos lá por volta das 10h e nossos olhos se encheramcom as maravilhas daquele lugar: água cristalina formando um grande lago, cheio de peixes, que ora e outra pulavam na água; vegetação nativa do cerrado cercava toda a área tomada pelas águas; araras selvagens que faziam de sua morada coqueiros alagados pela represa; pássaros diversos e garças que fizeram no final do dia, junto com o por do sol, uma revoada, um espetáculo.
Os rondonistasse divertiram na água, no passeio de barco, de caíque. Alguns até tentaram pescar, como o foi caso do Luiz da UFVJM, mas em vão. (Deixa o peixinho quieto!!). Outros dançaram ao som do DJ Anjo, que ficaram nas espreguiçadeiras.
O churrasco bem gostoso com carne de carneiro, frango, picanha, lingüiça (ai que água na boca!!) foi servido com mandioca, saladas e arroz.
Mas alguns rondonistas brincaram dizendo que na realidade eram oficinas que estavam realizando ali naquele lugar como culinária saudável e sustentável, turismo náutico, aulas de natação, capacitação em dança, em fotografias...
Estavam presentes autoridades políticas e religiosas como Prefeito, o Ronny, assessor do prefeito, alguns vereadores, o padre Mauro e outras personalidades da cidade como a diretorada Escola Severiano Vieira, Deyze.
Fomos embora por volta das 17h30, despedidos pelo lindo por do sol. Todos ficaram maravilhados e agradecidos a Deus por mais um presente recebido em Jangada.
Na volta para o local da nossa estadia, fizemos a arrumação das malas e de todo o nosso material pois teríamos que sair bem cedo no dia seguinte, tínhamos que nos despedir de Jangada
14o dia - Jogo Final
Havíamos vencido todos os adversários: cansaço, distância, indiferença, desinformação... Tínhamos ido para o jogo final. E isso demandava muitos preparativos, pois queríamos fazer um grande fechamento. Por isso dia todo foi dedicado aos detalhes finais para o nosso último evento que seria a Festa de Regaste Cultural na Praça principal da cidade.
Foram convidados comerciantes locais e a Igreja Batista para expor nas barracas que foram montadas a culinária e o artesanato da região. As equipes da PUCPR e da UFVJM também participaram com os pratos típicos dos seus estados: carne e farofa com pinhão, nós do Paraná, e os alunos mineiros levaram o pão de queijo. Humm, os que provaram das comidas não se arrependeram. Estava tudo uma “dilícia”!!!
Além da comida boa e farta, também tivemos a participação de grupo de mulheres da área rural que fizeram uma ladainha, apresentações do cururu com a dupla Rafael e Vital, a dança do siriri, do lambadão, músicas com o grupo musical da igreja católica...
Fechamos a noite com a exibição de um vídeo que resumia as nossas ações na cidade, seguida da apresentação musical das 2 equipes da PUCPR e da UFVJM e do discurso de agradecimento para os moradores e colaboradores da operação em Jangada.
Sentimos todo o carinho da população que ali estava. Houve muitos elogios ao trabalho ali realizado e a cobrança pelo nosso retorno no futuro. Ficamos muito felizes com esse último evento, que como um jogo de uma grande final, coroou a vitória de todos que vestiram a camisa para operação Tuiuiu em Jangada.
Chegando no alojamento, fizemos um amigo secreto. Foi extremamente divertido e engraçado. Rimos bastantee foi um momento em que pudemos demonstrar que as 2 equipes já estavam bem entrosadas.
Mas antes disso, quando deu meia-noite, cantamos parabéns para o nosso rondonista motorista, o Bruno Mais Cedo. Fizemos um cartão com uma foto das duas equipes, além do bolo de chocolate, bexigas e presentes. Vai aí Bruno!! Assopra as velinhas!!
E a noite terminou assim, ninguém queria dormir...é como se quiséssemos admirar o arco-íris, que aguça os sentidos, encanta a alma e fascina os olhos que dele não querem ser retirados a nenhum momento, pois sabem que dentro de poucos segundos, a bela imagem desaparecerá.
13 dia 13º dia – Capacitação e Edição
Esse dia foi marcado por ações de capacitação da área do trabalho, coordenados pelas rondonistas Stefanie e Viviane e de tecnologia (Bruno Vodomir e Lúcia). Pela manhã realizamos a capacitação na área de turismo. O público era conciso, porém participativo. O recado foi dado: Jangada tem um grande potencial turístico, seja urbano quanto rural. Na zona urbana é possível melhorar a infra-estrutura no ramo alimentício que atraia pessoas (caminhoneiros, famílias) que passem por Jangada; fazer parcerias com agências de turismo para que turistas visitem Jangada em momentos como Festivais de Pastel, Rodeios. Na área rural criar um roteiro com os principais pontos turísticos: Sítio Arqueológico, Lagoa Encantada, Serra das Araras. Para isso seria necessária a melhoria no setor de serviços como a criação de transporte público para essa atividade, hospedagem, capacitação para guias turísticos, entre outros.
No período da tarde foi realizada a Capacitação para Comerciantes do Ramo Alimentício. Compareceram alguns profissionais dessa área que dividiram conosco a sua experiência. Foi bastante enriquecedor e gratificante para todos os participantes e rondonistas. Após essa atividade, houve também uma capacitação de inclusão digital.
À noite Lúcia e Stéfanie foram para a cozinha testarem as receitas para a Oficina de Alimentaçao saudável e sustentável. Humm.... que delícia. Mas depois contamos quais foram as receitas elaboradas pelas mestres-cucas.
A Sandra conitnuou nas entrevistas e na edição do material para ser apresentado no último dia de ações do Rondon... Nossa, que friozinho na barriga, o Rondon em Jangada está chegando ao fim, snif, snif...
12 dia - Quadra: Finalização
O dia começou cedo no alojamento. Dividimos o nosso grupo em 3 frentes. Uma delas iria para a zona rural (Bruno Vodonis, Viviane e Stéfanie), a outra ficaria para continuar no trabalho de pintura de quadra [Bruno Macedo (rapaz do acabamento), Lúcia (nas coordenadas), Nathali (como gosta de pintura!!), Profa Deyse (pegou pesado também) e Fabiano (mil e uma utilidades e Rodolff (também incansável)] e a Sandra ficou responsável pela parte de coleta de dados e edição de um vídeo para o último evento do nosso cronograma Resgate Cultural.
A área rural visitada foi a Comunidade do Campo Limpo, que fica a 20 minutos da cidade. Fomos acompanhados da UFVJM. O local é semelhante a uma vila com casas, uma igreja e uma escola. Ao chegarmos ali, encontramos alguns moradores que estavam limpando um porco, que era do tamanho de um bezerro (e olha não é história de pescador) para uma festa que será realizada no domingo pela comunidade, a Festa de São Benedito. Diante desse contexto, realizamos a ações propostas: Discussão ou bate-papo sobre a ODM, sobre meio ambiente (aquecedor solar e compostagem), aferição de pressão arterial e saúde bucal. Os moradores presentes se mostraram interessados com os temas expostos, e foram estimulados a criarem ciclos de diálogos para debaterem as principais necessidades daquela região e propostas de mudança.
A Sandrinha ficou pela cidade entrevistando algumas personalidades da cidade: moradores, comerciantes, políticos com a intenção de resgatar a história e a cultura de Jangada para a elaboração de um vídeo. Brincamos que ela já pode se candidatar a algum cargo político, pois ficou conhecidíssima no município.
A outra equipe deu muuuuuitas pinceladas para a restauração da quadra. Foi necessário mais um dia todo de pintura que até deu tempo da equipe da área rural dar umas pinceladas também. O anjo também colocou a mão na massa. O resultado foi excelente, por volta das 17h30 -18h, uma quadra cinza, sem cores, com traves enferrujadas passou a ser uma quadra poliesportiva com as cores amarela, vermelha e azul, com as divisões e as traves pintadas em branco. A pintura do logo do Rondon também foi concluída. O sonho virou realidade e ficará por algum tempo vivo nas mentes, corações e olhos das crianças e adolescentes do CRAS.
11 dia- Quadra - O Início
Amanhecemos animados com a ação que teríamos que realizar o dia todo: pintura da quadra do CRAS de Jangada que estava sem cuidados há algum tempo.
Os meninos rondonistas comandados pelo Fabiano iniciaram essa atividade com a pintura do muro interno com uma tinta feita da mistura de cal e água. As meninas lideradas pela Lúcia fizeram todas as marcações da quadra.
Em um dos muros, foi desenhado o logo do Projeto Rondon pelos rondonistas Lúcia e Mateus da UFVJM.
Iniciamos então a pintura das marcações que foram feitas com a cor branca. Depois passamos para a parte interna que seria pintada de azul e vermelho. Concomitante a isso, pintamos também as traves de futebol e a pintura do logo. Tivemos um grande companheiro em todo esse processo, o nosso amigo inseparável, o sol. A sensação térmica era de 40º C. Mas o incômodo com o calor logo desaparecia quando conversávamos com as crianças e jovens que ali acompanhavam o nosso trabalho. Algumas comentaram que nós não podíamos ir embora pois havíamos tornado a vida delas mais feliz... Não precisa nem dizer que seguramos para não chorarmos...
Porém o trabalho da pintura da quadra não foi finalizado nesse dia, pois tínhamos outra atividade à noite, que seria a exposição da Feira de Ciências e a Reapresentação do Teatro sobre Drogas que seria realizado na praça principal da cidade.
Aos poucos foram chegando crianças, adolescentes, jovens e adultos para prestigiar as ações. Tivemos um público bastante interessado nas experiências como o fogo que não queima; o ímã, a aranha caranguejeira e o besouro; o aquecedor solar feito com garrafas pets, o papel que escreve sozinho... Os mistérios de cada uma das atividades após realizadas eram desvendadas pelos nossos rondonistas, que explicavam como cada experimento ocorria.
Em seguida, realizamos a apresentação do Teatro sobre Drogas, e foi mais uma vez maravilhosa a atuação de cada um dos nossos atores rondonistas. O público também interagiu conosco a cada cena, manteve-se bastante atento, o que demonstrou dessa forma um bom aproveitamento da atividade. Estávamos todos mais descontraídos, porém não menos concentrados para a encenação. O nervosismo e ansiedade da estréia que ocorreram dias atrás estava menor.
Bom, sendo assim, terminamos esse dia, satisfeitos com o saldo final. Notícias da finalização da quadra, aguardem para o dia seguinte... Mas o 11º dia foi um grande início, esperem o gran finale!!!
10º dia – Patrimônio da Humanidade
Nesse dia fomos cedo para zona rural. Tínhamos como atividades uma oficina de inclusão digital para jovens e adultos que ocorreria concomitante à feira de ciências. Tínhamos aproximadamente 50 pessoas, que foram divididas em turmas conforme o pré-conhecimento de informática.
Os participantes se mostraram interessados, fizeram perguntas e mostraram uma boa desenvoltura no uso das principais ferramentas e funções ensinadas na oficina. Tivemos a participação de 2 alunos da UFJVM, Kalebe e Mateus.
Almoçamos maravilhosamente novamente... e fomos para a 2ª atividade do dia: conhecer o sítio arqueológico, o 2º maior da América do Sul que fica localizado na fazenda Santa Elina.
Fomos acompanhados por aproximadamente 60 pessoas, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos. A maioria dos moradores nunca havia visitado o local e muitos desconheciam o valor desse lugar. Subimos uma trilha de aproximadamente 100 metros e chegamos até rochedos com pinturas rupestes que segundo pesquisadores podem ter sido realizadas há 10.000 anos. Vimos ali figuras de animais como onças e de pessoas, além de outros desenhos. Os alunos Lúcia, Kalebe e Mateus (os 2 últimos universitários do curso de biologia), fizeram uma breve palestra sobre o sítio arqueológico, sobre fósseis e sobre a fauna e flora do cerrado e daquele lugar.
Foi sem dúvida um momento histórico das nossas vidas... estávamos diante de algo que é patrimônio de todos, da humanidade. Porém apesar da emoção, da alegria, do sentimento de proximidade das pessoas que viveram há tanto tempo atrás, também ficamos incomodados e preocupados com a falta de administração e cuidado de um bem tão precioso. Não sabemos ao certo os motivos dessa situação, mas para chamar a atenção a respeito disso.
No final da tarde, conhecemos um riacho no caminho de volta, onde pudemos nos refrescar depois de um dia que marcará sem dúvida nenhuma as nossas vidas, com lembranças que assim como a pintura rupeste durará anos e anos...
9º dia – O motorista, o Boi e o Presente
As mesmas ações que foram realizadas no dia anterior seriam novamente aplicadas agora na zona rural. Para isso precisaríamos de transporte para chegar até lá, porém não havia motorista disponível, devido a outros compromissos da prefeitura, porém tínhamos o microônibus... Foi quando então descobrimos que tínhamos um motorista na nossa equipe, com carteira D, e que tirou 10 na prova de direção!!! O nosso rondonista Bruno Macedo. Ele se prontificou de nos levar literalmente pelo caminho da roça até a Escola Severiano Vieira.
Ele se mostrou extremamente cuidadoso e um ótimo motorista. Esse não come poeira da estrada!!
Mais uma vez o PEP nos acompanhou nessa ação. Também realizamos a feira de profissões, aplicação do teste vocacional, aferição de pressão arterial e a rondonista Maria Elisa da UFVJM nos auxiliou com a ação de Saúde Bucal. O nosso publico maior foi de jovens, que se interessaram bastante pelo teste vocacional. Muitos ali tem interesse em seguir com os estudos, realizando um curso universitário.
Porém tivemos um participante ilustre e nada discreto na nossa atividade. Ele furou a fila e entrou na frente de todos... que querendo ou não, cederam o seu lugar, pois a presença do nosso amigo era assim um tanto espaçosa!!! Vocês têm idéia de quem seria?? Vamos para algumas dicas... 1ª dica – O nosso amigo emite sons bem particulares; é um peso pesado; e a última dica, um vaqueiro passou em frente da escola... Ficou fácil agora, não é ? O nosso amigo era um boi!!! O animal fugiu do rebanho e invadiu o pátio da escola e em segundos todas as pessoas fugiram para as salas de aula. E mais uma vez nosso “Anjo” estava atento e no meio dessa correria salvou um menino puxando-o p dentro de uma sala bem na hora q o boi foi p cima deles. Porém o vaqueiro conseguiu rapidamente reintroduzir o boi para no restante do rebanho. Foi uma experiência realmente inesquecível.’
Também recebemos a visita de 3 moradoras da zona rural de Jangada, fundadoras da Associação de mulheres da região chamada “Maezinha Luiza” que nos alegraram, nos emocionaram, nos encantaram com suas histórias de vida e orações em favor do nosso grupo...snif, snif!!!
Ao final dessas atividades recebemos da diretora da escola e dos moradores da comunidade um presente, que não é perecível e que não se desgasta com o tempo!! Fomos levados até a Serra das Araras, um local com paisagens belíssimas, com o encontro de duas montanhas rochosas, que formam um portal...o qual aguçou os nossos olhos e por meio desse estímulo tocou a nossa alma. A sensação era indescritível, sentíamos uma plenitude, uma presença superior, a presença do divino, a presença de Deus.
Os rondonistas em seguida se refrescaram de corpo, alma e espírito na cachoeira e numa lagoa formada por essa...
Voltamos para a cidade todos muito agradecidos a Deus pelo dia que tivemos: pelo motorista que nos conduziu com habilidade e segurança e pelo presente grandioso que recebemos.
8º dia – Trabalho em Equipe
Mais um dia se iniciou no Rondon. A ênfase era para ações relacionadas ao trabalho que foi coordenado pelas rondonistas Stéfanie e Viviane, porém com a ajuda de toda a equipe, que atuou como um só corpo. O Programa de Educação Previdênciária (PEP) do INSS de Cuiabá fez parceria conosco vindo até Jangada para trazer orientações individuais sobre os principais benefícios ligados à previdência social. De todos os participantes também era aferida a pressão arterial, que foi realizada pela Nathali no período da manhã e parte da tarde, e o restante do tempo pelos alunos Rodolff, Bruno Macedo e Viviane.
Logo em seguida, fomos até a praça da cidade para realizarmos a Feira de Profissões. Foram confeccionados banners de 16 profissões e mais 6 banners sobre o Fies, Prouni, Enem, e 3 instituições de ensino superior da região. Com um trabalho em equipe literalmente, pois todo mundo, deu uma mãozinha, unimos todos os cartazes utilizando barbante e fixamos todos na grade do muro da igreja católica. Cada aluno ficou responsável por 2 ou 3 banners. O público formado, principalmente, de jovens esteve bastante interessado pelas profissões ali apresentadas. Contamos com a ajuda da equipe de Minas, que ficou com as profissões de odontologia e biologia. Por falar em ciências biológicas, o rondonista Kalebe da UFVJM, levou um sapo vivo, que foi colocado numa caixa, para ser utilizado como exemplo. Isso atraiu a atenção de crianças e adultos. Concomitante à feira, também foi realizada a aplicação de um teste vocacional pela rondonista Stefanie, estudante de psicologia e pelo psicólogo Fabiano. Esse recurso foi uma ferramenta valiosa para muitos jovens confirmarem ou esclarecerem suas dúvidas a respeito de qual carreira seguir. A feira de profissões teve um pequeno intervalo para a missa que é realizada todos os sábados às 19h30. Durante a celebração um senhor de aproximadamente 70 anos, apresentou uma síncope (um início de desmaio) e os integrantes da nossa equipe da área de saúde e a Profa Deyse foram acionados para ajudar. Fizemos o atendimento inicial, aferindo a pressão arterial, pulso, exame neurológico... e graças a Deus, o senhor chamado Alfredo, foi gradativamente ficando com os seus dados vitais mais estáveis e logo em seguida, a ambulância chegou para levá-lo para um pronto socorro de Cuiabá. Foi uma prova de fogo para nós estudantes!!!
Mas sem dúvida, essa situação como todas as ações desse dia mostrou uma boa interação entre os membros da equipe Jangada. Afinal, trabalho em conjunto é quando todos olham em uma só direção. Para finalizar e para exemplificar a família que temos formado aqui, preciso dizer que a rondonista Viviane ficou muito emocionada e se sentiu muito querida quando todos os outros colegas a homenagearam cantando a música Amigos para Sempre utilizando um exercício vocal que era utilizado como parte do aquecimento de voz realizado por ela antes das peças de teatro...
7º dia – Sarapatel
Olá amigos, esse dia a equipe foi dividida em 2 turmas. A primeira foi formada pelo Bruno Vodonis, Lúcia, Sandy, Rodolff, Bruno Macedo, Stéfani e Fabiano que participaram da ação Mata Ciliar, que tinha como objetivo realizar o plantio de mudas ao longo do riacho Gamela, para reduzir o processo erosivo, a poluição da água, para criar um ecossistema para os animais e plantas. A 2ª turma Profa Deyse, Nathali e Viviane fizeram os preparativos da atividade que seria realizada no período da tarde: compras de materiais, cartazes, limpeza das garrafas pets... Ambas as equipes desenvolveram bem suas atividades, afinal missão dada é missão cumprida!!
No período da tarde, fomos para o Ginásio Poliesportivo da cidade para realização de uma gincana com os alunos da Escola Arnaldo que haviam participado das dinâmicas dos dias anteriores.
Foram formadas 2 equipes com os jovens participantes: azul e rosa, que fizeram grito de guerra; apresentação de uma encenação, sendo que a azul falou sobre gravidez na adolescência e a equipe rosa sobre a onça pintada, animal típico da região; estouro de bexigas por meio do sopro. A competição foi finalizada com a apresentação da lambada, dança típica da região, realizada por um casal de cada equipe. Quem ganhou a competição? Todos da comunidade, porém o rosa fez mais pontos!!!
A gincana ainda continuou com a oficina de pipas, que atraiu crianças e adolescentes. Os rondonistas, os Brunos, Rodolff e Fabiano foram os orientadores da ação. Naturalmente, o momento mais esperado, era a revoada de pipas... Com os bons ventos de Jangadas, todas fizeram lindas coreografias no ar...Só um segredinho!! Os nossos rondonistas vibraram como crianças nessa ação.
Logo em seguida, também houve a oficina de brinquedos e objetos com os materiais recicláveis. Rudolff ensinou um grupo de mulheres a fazer puff com garrafas pets. O resultado final foi o seguinte: de garrafas que levariam 1000 anos cada uma para se degradarem no meio ambiente, tivemos um lindo e confortável assento ou puff que foi sorteado entre as participantes da oficina. A Jéssika, aluna do ensino médio da Escola Arnaldo foi a premiada.
Vocês pensam que as nossas atividades terminaram??? Nãooooo. Ainda tínhamos mais um compromisso oficial, que era participar da formatura dos alunos do PROERD (Programa Educacional de Resistência Às Drogas e À Violência) e realizar a apresentação da peça Vandalismo durante o evento. Ali estavam autoridades da cidade, como o prefeito, o secretário da saúde e alguns oficiais da polícia civil coordenadores do programa. Foi uma linda cerimônia com apresentação de coreografias feitas pelas crianças e jovens da Igreja Batista de Jangada, canções pelas crianças da escola Arnaldo e a apresentação da nossa encenação... que foi estrelada pela Sandrinha, que foi Paulinha, uma jovem que desrespeitava o bem público com pichações em placas de trânsito, destruição de orelhões, trotes para a polícia. Porém ela tinha um amigo, que não compactuava com esse comportamento, que foi representado pelo aluno Bruno Macedo. Paulinha aprendeu a lição... pois depois de realizar um ato de vandalismo, machucou o seu olho, e precisou de ajuda, porém teve dificuldade de consegui-la pois o telefone estava quebrado, a sinalização de trânsito complicada e o policial não ajudou pois pensou que seria um trote... O público se divertiu e aprendeu com a peça, segundo participantes da formatura.
Depois disso, as equipes da PUCPR e da UFVJM foram convidados por um casal de moradores de Jangada para um jantar com um prato muito apreciado na região de Matogrosso e de Jangada: o sarapatel, que é feito com miúdos de boi, acompanhado do famoso pastel. No nosso jantar, o sarapatel foi feito apenas com o pulmão de boi. Muitos apreciaram a comida, com um sabor que é lhe é muito próprio, e todos sem dúvida gostaram do tempero do casal feito de hospitalidade, simpatia e alegria.
É agora, sim o nosso dia ou noite acabou...mas senta que lá vem ainda mais história!!!
6º dia – Roça
Desembarcamos na Escola Severiano Vieira que possui estrutura ampla, limpa, organizada e sobretudo aconchegante. Tentem imaginar o lugar..., um ambiente cercado por todos os lados pela natureza. Há um frondoso pé de mangueira no lado direito da escola, nos fundos uma chácara com bois e vacas no pasto e o silêncio...interrompido pelo ruído do vento passando entre as folhas secas das árvores.
Ali tínhamos 3 missões: a confecção da horta mandala, composteira e o minhocário coordenados pelos rondonistas Bruno Vodonis e Lúcia. Iniciamos pela horta que seria feita na parte lateral direita da escola e cujo o terreno já estava sendo preparado por um trator enviado pelo Totó, secretário municipal do meio ambiente de Jangada... Nossa!! Foi uma ajuda e tanto esse preparo inicial.
Começamos pela horta Mandala, que é uma horta com princípios de agricultura orgânica, ou seja, sem o uso de defensivos agrícolas (agrotóxicos) e sem o uso de fertilizante químico. Ela é construída buscando uma combinação harmônica entre as plantas, como por exemplo, o tomate em combinação com o manjericão, torna o sabor do tomate realçado pelo sabor do manjericão. Sua característica singular, ser constuída de maneira circular primando um melhor fluxo energético entre as verduras, folhas e legumes.
A primeira etapa foi a delimitação dos círculos da mandala que foi feito pelos rondonistas Lúcia, Vodonis e Fabiano, que também é um expert em assuntos agronômicos.
Na segunda etapa, os 8 rondonistas, a professora Deyse e o Fabiano capinaram o terreno, acompanhado de um simpático e caloroso sol. Essa etapa foi mais difícil, porque a terra estava bastante seca e com bastante pedra..mas água mole em pedra dura tanto bate até que fura...aqui no caso, a terra foi ficando fofinha...
A 3ª etapa começou a deixar a mandala mais vistosa: plantio de 8 espécies de mudas.
A 4ª etapa foi a construção de uma cabana com galhos de buriti (espécie de coqueiro) devido ao forte calor para proteção da horta.
Depois de 4 horas de trabalho... da terra seca, sem forma, surgiu vida. Surgiu a Mandala, construída por uma única mão, pela mão de um único corpo, a equipe de rondonistas da PUCPR e moradores da região. Foi um momento mágico, assim como, o significado da palavra Mandala, que significa círculo mágico ou Sagrado. Foi de fato, um momento divinal, em que mais uma vez, a roda, o círculo, deu liga, formou o elo entre as pessoas, e extraiu delas o melhor, a união, a prática do trabalho em conjunto, da construção de um bem comum...
Concomitante a esse trabalho, os rondonistas, Bruno Vodonis e Lúcia realizaram orientações a alunos e moradores da zona rural e a construção de um minhocário e da composteira, que gerou bastante interesse e troca de informações entre os participantes.
Também durante essas atividades tivemos oportunidade de conhecer uma dupla, Seu Rafael e Seu Vital, que tocam o cururu, um ritmo típico da região de Jangada que é tocado com uma viola de concha feita com a madeira de uma arvore nativa do cerrado, o buriti, e 5 cordas. Além de tocar e cantar, eles também ensinaram alguns rondonistas como a Lúcia, Viviane e Kalebe (UFVJM) a fazer os acordes do cururu. Eles morriam de rir quando acertávamos ou quando tínhamos bastante dificuldade de acertar as notas!! Que pessoas encantadoras, pessoas singulares, que só encontramos em situações como essas, como as, do Rondon.
Mas não foi só trabalho. Também tivemos a oportunidade de almoçarmos deliciosamente, um arroz desfiado com frango e como sobremesa um delicioso doce de mamão cristalizado, hummmmmm......
Encerrado o nosso trabalho na roça ou zona rural, voltamos para a cidade. Ali teríamos a noite uma outra missão: A apresentação da peça Drogas Caminho Sem Volta, estrelando Rodolff (Zóio, o adolescente envolvido com drogas), Viviane e Fabiano (os pais do adolescente), Lúcia (Fernanda, a namorada do Zóio), Bruno(Bira, amigo do Zóio e traficante), Marcão (amigo do Zóio) e Stéfanie (Policial) dirigido pela rondonista Sandra (Bulock).
A encenação com trilha sonora foi realizada na Escola Arnaldo para os alunos de ensino médio do horário da noite. Todo o elenco representou o papel de maneira marcante, contagiando os jovens espectadores. O The end foi dado por uma breve orientação da importância de evitar o primeiro contato com as drogas, que de fato não passa de uma grande droga!!
Ao final do dia, acredito que todos tiveram aquela sensação gostosa de dever cumprido... e a certeza de que como é bom fazer parte da família Rondon!!!
5o dia - Descontração
Nesse dia houve uma modificação do nosso cronograma, pois havíamos programado vitalizar uma das quadras da cidade, porém o material que será fornecido pela prefeitura ainda não havia sido liberado. Assim, o dia de trabalho começou na Escola Arnaldo com a repetição do circuito ou gincana de estações com os temas de Meio Ambiente, Cidadania, Gravidez na Adolescência, Drogas e Acessibilidade para os jovens do ensino médio que ainda não haviam participado no dia anterior. Os alunos foram participativos nas dinâmicas e nos debates propostos. No final dessa atividade, conhecemos 3 adolescentes que nos relataram que a uma dança típica da região é a lambada.
À tarde tais jovens foram para o Centro de Educação Infantil Mãezinha Maria, local onde estamos hospedados para entrevista e demonstração da dança lambadão para os rondonistas da equipe da PUCPR e da UFVJM.
Aproveitamos esse período para finalizarmos as ações próximos dias . Testamos experiências da feira de ciências, escrevemos nos cartazes para divulgação das ações do fim de semana. Também realizamos o ensaio do Teatro com o tema de Drogas, que foi bastante produtivo, que terá duas apresentações na cidade. Tem trilha sonora, figurino e tudo mais... Mas maiores detalhes, serão contados no 6º dia, em que será a estréia da peça.
À noite, as duas equipes foram até uma pastelaria da cidade para comer o famoso pastel da cidade. Foi um momento de descontração entre os alunos e professores.
Também devido ao calor da região, alguns rondonistas, fizeram uma brincadeira refrescante na quadra: bexiga dágua. Foi um momento de relaxamento para enfrentar as atividades do dia seguinte... Vamos conferir quais foram?
4o dia - Estréia e a Roda
Parecia o primeiro jogo da seleção brasileira de futebol numa Copa do mundo. Os preparativos para a estréia haviam sidos planejados meses antes, o evento já havia sido divulgado, os jogadores (rondonistas) estavam todos instalados na concentração (Centro Educacional Mãezinha Maria), a população nos aguardava e a ansiedade no coração de cada atleta (universitário do projeto Rondon) era grande.
Então o apito inicial foi dado. Estávamos diante de um estádio lotado, pessoas vibrando, esperando que o jogo fosse marcante. Era a nossa estréia. E que estréia... O saldo do jogo foi... bom vou contar o resultado nas próximas linhas, acompanhem.
Nosso ponta pé inicial foi por meio de uma gincana realizada com quatro grupos de aproximadamente 15 alunos. A cada 20 minutos, os grupos rodavam em uma estação em que era debatido um tema central. O Meio Ambiente foi conduzido pelo rondonista Bruno Vodonis, Cidadania pela Stéfanie, Acessibilidade pela Lúcia e Nathali, Drogas Lícitas e ilícitas pelo rondonista Rodolff e Gestação na Adolescência pela Viviane. Os jovens interagiram com nosso grupo e ouvimos relatos que nos deixaram esperançosos. A maioria sonhava em cursar ensino superior e desejavam que a cidade fosse um ambiente limpo, belo e agradável para seus moradores.
A tarde as nossas atividades foram novamente na escola Arnaldo e ali aconteceu algo tocante, mágico...
Imaginem 150 crianças no refeitório, sendo que pelo menos 10 eram alunos com necessidades especiais... todas separadas, cada um num canto daquele ambiente.
De repente, uma rondonista começa a brincar de roda com 2 crianças, em 1 segundo, eram 6, em 5 segundos, eram 20, em 2 minutos, todas as crianças estavam unidas pela roda cantando canções folclóricas brasileiras. Era o poder da roda. Era a evidência clara que o homem foi criado para viver em sociedade, para receber e compartilhar amor. Basta literalmente darmos as mãos que tudo acontece...emocionante!!
Interagimos 1 hora com um grupo de 150 crianças e depois fizemos o mesmo com um outro grupo com o mesmo número de crianças. Além de cantarmos, também brincamos de morto-vivo, quadrilha, estátua... Tivemos 3 palhacinhos nesse evento: A Chuchu (Nathali), a Suadinha (Stéfanie) e palhaço Barrigudo (Bruno Mais Cedo) . A boneca Emilia (Sandrinha) também apareceu e dirigiu a festa. Os demais rondonistas ficavam de apoio com as crianças, brincando como elas. Fabiano era o nosso DJ...Fabiano solta o som!! Rodolff nosso jamaicano foi confundido com o Ronaldinho Gaúc ho e a Vivi recebeu o apelido de turista.
No final do evento, as crianças fizeram uma linda homenagem com uma canção que dizia: Nós chamamos e vocês vieram, obrigada!!!
Nós é que agradecemos, pois sem dúvida, o carinho que temos recebido esses dias, não cabe na mala de volta, mas certamente cabe no coração e nas nossas lembranças...
Bom, havíamos prometido a cada dia colocar apenas uma palavra que fosse o marco daquele dia, porém acredito que vocês entenderam que foi impossível eleger apenas 1. Toda regra tem uma exceção, e aqui também não foi diferente.
Ah! Vocês tem dúvida de quanto foi o placar desse jogo? Foi exatamente 10 X 0. Dez para a cidadania, amor e compartilhar e zero para a indiferença.
Um abraço a todos, e nos acompanhe nos demais dias...ainda temos muita história para contar.
3o dia - Organização
O dia começou bem cedo. Fomos acordadas pelo anjo, porém o canto não era celestial. Um som de bebê chorando desesperadamente foi que ouvimos...algumas rondonistas ficaram procurando pela criança, rsrs.
Em seguida, fomos para a Câmara Municipal de Jangada para sermos recepcionados oficialmente pelas autoridades da cidade como o prefeito, secretários e por moradores de Jangada.
Ali as professoras Patrícia da UFVJM e a Deyse da PUCPR realizaram uma apresentação sobre o Projeto Rondon e o objetivos das 2 equipes na cidade. Cada rondonista também se identificou e expôs rapidamente suas expectativas aos 15 dias de atividades na cidade.
Voltamos para a nossa estadia para o almoço, por sinal, delicioso... (assim o pessoal vai pensar que nós nem trabalhamos aqui, pois ao invés de emagrecer.... alguns, melhor não citar nomes, vão ganhar alguns quilinhos. Bom confesso, é impossível não repetir!!!
Esse dia também aproveitamos para organizar os últimos detalhes para o início oficial das ações. Atualizamos os cronogramas, terminamos ações pendentes para o dia seguinte, e fizemos o melhor do dia: caminhada de reconhecimento da cidade e de convite à população para as nossas ações em Jangada.
Foi simplesmente emocionante. A maioria dos rondonistas das 2 equipes se caracterizou de palhaço ou com adereços chamativos. A Sandrinha, por exemplo, foi a Emília, o Bruno Vodomir e Stéfane (vulgo Voudormir) estavam de palhaço; a Viviane (Vive) estava de frentista; o Rodolff de jamaicano fazendo barulho com um balde, já a Nathali, Prof Deyse ficaram no registro das imagens e o Fabiano no malabaris. Durante a nossa caminhada além do barulho dos apitos, dos batuques, em cada casa que passávamos ou para cada morador que encontrávamos nas ruas fazíamos uma serenata com uma canção ensinada pela Profa Patrícia da UFVJM e tocada no violão pelo rondonista mineiro Calebe que era:
Dona Maria (exemplo) abra a janela meu bem...
Que essa canção que a gente faz é pra você e mais ninguém, tralálá, tralalá...Todas as pessoas nos receberam com grande alegria, mas sem dúvida nenhum morador nos marcou... Seu Rudofino...ele vibrou, bateu palma, sorriu com um sorriso mais largo que já vimos nessa terra, com a nossa serenata. Ele é um senhor que aparentava aproximadamente 60 anos que provavelmente foi vítima de um AVC. Compreendia tudo que acontecia ao seu redor, porém não conseguia se expressar por meio de palavras, mas superou isso, por meio da comunicação feita pelo coração. Um coração alegre deixa bonito o rosto. Provérbios...
Depois dessa emocionante caminhada, voltamos para o jantar... e em seguida os rondonistas foram na Escola Arnaldo para informar e convidá-los para as atividades com crianças e adolescentes que seriam realizadas no dia seguinte.
Alguns dos rondonistas da PUCPR ficaram até as 3 da manhã organizando os últimos preparativos para essas ações.
O 3º dia então resumidamente foi marcado pela organização, por aqueles últimos detalhes para que o ponta pé inicial fosse o melhor possível. Vamos ver se deu certo...
2o dia: Finalmente
Bom, vamos para o 2º dia e para a palavra que marcou esse dia.
2º Palavra: Finalmente
Lá pelas 5h30 a banda do exército foi acordar os rondonistas da melhor maneira com música bem alta e de alta qualidade...
Às 6h15 estávamos diante de um café da manhã que lembrava de um hotel: frutas, sucos, torradas, pães, bolos... bom preciso falar mais alguma coisa??
Após isso conhecemos um mini-zoológico do quartel: cobra sucuri que a Profa Deyse muito corajosa já havia abraçado na viagem precursora; arara-azul e vermelha, que subia mansamente para o nosso braço para fotos, um jacaré...que se alimenta de tartarugas, e um Jacu, também conhecido como Penélope que parecia faminta pois bicou com bastante vontade o dedo da rondonista Viviane.
Depois fomos para o ginásio da Universidade do Estado de Mato Grosso para a abertura oficial da operação Tuiuiú. Ali no local éramos em aproximadamente 400 rondonistas, que seriam distribuídos em 24 cidades.
E sabe quem registrou tudo?? O nosso anjo: José Carlos, expert em qualquer equipamento que registra momentos inesquecíveis...
Ali na cerimônia fomos recepcionados pelo Coronel Brito, e pelo Brigadeiro Veríssimo que é o Coordenador Geral das 4 operações do Rondon/julho 2011. Ficamos muito gratos pelo empenho desses líderes e da sua equipe que sempre nos atendeu além das nossas necessidades com muita organização.
Fizemos a apresentação da nossa PUCPR, com o grito de guerra: 5, 4, 3, 2, 1... Jangada Nossa Próxima Parada... clap dance e em seguida gritamos novamente: Verás que o Filho Teu não Foge à Luta..PUC-Pr!! Foi arrepiante......
Depois retornamos para o quartel e mais uma vez tivemos uma ótima refeição com sobremesa maravilhosa: mousse de maracujá, morango e chocolate.
Almoçamos rapidamente, porque iríamos pegar a estrada.... rumo finalmente à Jangada, que seria a nossa próxima parada literalmente. Nossa cidade tão esperada, e que já era por nós tão amada...
Após 3 horas e meia de viagem e recepcionados por um pôr de sol e pelo Tuiuiú que foi visto pela nossa professora Deyse... Chegamos finalmente à Jangada...
Nossa!!!!! finalmente, estávamos naquela cidade e com povo que nos motivou desde o início a elaborarmos um projeto em uma semana e aguardarmos ansiosos, mas muito confiantes, pela nossa aprovação.
Desembarcamos na nossa estadia, que é uma creche municipal. Aqui nós dormiremos nas salas de aula com os colchões cedidos pelo quartel do exército de Cáceres.
Uma das salas servirá de QG da operação. Nessa sala ao chegarmos já começamos a finalizar algumas das tarefas para o dia seguinte. O Bruno Macedo (mais conhecido como Mais Cedo) já iniciou as suas experiências com a cultura de cabelo por meio de uma estufa...
Aqui se come muito bem, e por isso mais uma vez fomos recepcionados com um ótimo jantar no próprio alojamento...
Depois disso, fizemos uma integração entre as equipes PUCPR e UFVJM que divide as ações conosco em Jangada. Também recebemos a visita do secretário da Educação, nos dando as boas vindas e desejando que haja uma boa parceria entre o Projeto Rondon e o poder público. Ah! E trazendo um violão para animar as nossas noites!!!!rs
Não temos ainda hora para dormir, pois ainda há algumas coisas para arrumar para amanhã. Mas isso não importa, o que importa mesmo é que sabemos o horário de acordar... 6h daqui! Lembrando que estamos com fuso horário diferente do PR....1 h a menos!
Amanha FINALMENTE iniciaremos nosso tão planejado Projeto!
Abraços de toda Equipe TUIUIU
1o dia no Projeto Rondon: Encantamento
Queridos amigos
A partir de hoje vocês acompanharão a nossa jornada à Jangada, desde os preparativos para chegada na cidade até os acontecimentos vividos lá.
Também postaremos uma palavra que represente e resuma o nosso sentimento do dia. Serão ao todo 18 palavras. Vamos então à palavra do dia?
Primeira Palavra : Encantamento
Sem dúvida essa palavra representa bem o sentimento de todos do grupo. Veja o porquê.
No aeroporto nosso check-in foi só um pouco demorado, talvez com um atraso de 30-40 minutos, pois parecia que todo mundo queria viajar conosco para Cuiabá. Mas na realidade, outras equipes do Projeto Rondon embarcaram conosco no Afonso Pena, e ali já parecia uma pré-concentração. Apresentamos o nosso grito de guerra tanto no saguão do aeroporto, quanto no avião.
Nos ares estavam conosco as faculdades UEMP, CEFET, Univille. A faculdade Dom Bosco de Curitiba acabou ficando por falta de lugar no vôo. Mas eles conseguiram chegar lá com uma outra companhia aérea.
Foi uma grande festa de integração entre as equipes e comissários de bordo durante a viagem. Fizemos escala em Campo Grande e depois seguimos para Cuiabá. A viagem foi excelente!!!
O primeiro impacto ao chegar no aeroporto de Cuiabá foi a diferença de temperatura. Saímos de 6º graus para uns 36. Percebemos ali que a nossa missão seria literalmente um fervor. Fomos recebidos pelo anjo, o Sargento José Carlos, que nos encaminhou para o ônibus para seguirmos viagem para o Quartel do Exército de Cáceres – 2º Batalhão de Fronteira, que seria a nossa primeira estadia.
Fizemos uma viagem de aproximadamente 3-4 horas com direito a lanchinho que é chamado pelo Exercito daqui como CATANHO! Na parada a rondonista Lúcia comprou uma garrafa de água da região, Puríssima, e desde então, ela virou garota propaganda dessa marca.
Chegamos em Cáceres às 17h, e então fizemos um tour pelo belo, organizado e enorme quartel. As meninas tiveram uma grata surpresa. No banheiro feminino, havia duas cestas contendo um kit sobrevivência (rsrs): escova de cabelo, shampoo, secador de cabelo, linha de costura, outros utensílios de higiene até chapinha!!!rs Ficamos muito lisonjeadas com o gesto.
Lá tivemos a oportunidade de conhecermos a outra equipe que irá conosco para Jangada, a equipe A da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), uai sô!!!
Também participamos da formatura dos soldados do exército daquele batalhão. Foi uma cerimônia emocionante. Acreditam que a Sandrinha e a Lúcia sabiam todas as músicas do exército de cor?? Impressionante...rsrs
Depois fomos para um maravilhoso jantar num clube do exército com música ao vivo. A maioria se revelou com grande talento para a dança. Bruno Vodonis e Prof Fabiano nos surpreenderam com tamanha, como dizer, desenvoltura nos passos de samba!!!rs
Em todas as viagens de ônibus que fizemos fomos realmente conhecidos por todas as nossas outras equipes com o nosso “talento musical”... kkk Sem dúvida pareciamos o grupo mais animado e porque não dizer afinado!!!!
Bom, fomos dormir lá pela meia-noite... encantados como se fosse um sonho....
Encantados porque nos sentimos muito valorizados, seja pelo cuidado, recepção, mimos, mas sobretudo , privilegiados por sermos um rondonista.
Jangada a nossa proxima parada!!!!
Agora só faltam algumas horas!!!! Que frio na barriga!!!!rs
Mas antes de iniciarmos a nossa Operação quero parabenizar a todos os Rondonistas da Eq. Tuiuiu pelo esforço e dedicação que tiveram durante todos esses meses de preparação do Projeto e principalmente a Pastoral pelo apoio e incentivo tao carinhoso desde o inicio! E agradecer por me darem a essa maravilhosa oportunidade de compartilhar com vocês dessa "missão" tão gratificante e que nao tenho duvidas que será um SUCESSO!!!!
Durante nossa missão em Jangada desejo que cada um de nós em uma palavra ou gesto faça alguem mais feliz!
Que em um momento de silêncio possamos pensar, repensar, renascer e acreditar que tudo vai dar certo, pois a esperança é a força, que apesar de tudo, nos faz FELIZ!
Acredito sempre que a doação, a humildade, a dedicação ao nossos irmãos é um caminho iluminado pela luz divina e que nos faz cada vez mais FORTES. Vamos UNIDOS compartilhar nossos conhecimentos para contemplar do resultado das alegrias e esperanças de uma "vida melhor" que irão desabrochar por onde passarmos.
Sendo assim que possamos continuar um grupo unido, feliz e cada vez mais forte!!!!
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."
Um grande abraço e até daqui a pouco...rs
Profª DeyseUm grande abraço e até daqui a pouco...rs
Coordenadora (com orgulho) da Eq. Tuiuiu
JANGADA: A NOSSA PRÓXIMA PARADA
Cada dia que nos aproximamos mais de nossa ida para o Mato Grosso, menos conseguimos dormir.
São muitas expectativas, desde o aeroporto e saber quantos kg de bagagem estamos levando, conhecer as outras equipes que estão indo no mesmo voo q nós, conhecer nossos companheiros jangadeiros da UFVJM, conhecer a cidade e saber qual a expectativa da população para todas as ações que vamos executar, compatibilização de cronograma, organização dos espaços, conhecer nosso QG, todas estas coisas aumentam a ansiedade e vontade de que sábado chegue logo.
A Vivi - companheira jangadeira - nos mandou essa semana a passagem bíblica de 1Coríntios 12:14-27 que descreve o que nós da PUC - equipe da Operação Tuiuiú Grupo B de ações na cidade de Jangada/MT - temos sentido, somos um CORPO com muitos membros, por isso para tudo funcionar corretamente, precisamos uns dos outros, não há como a mão funcionar sem o braço e o resto do corpo, desta forma, cada um de nós tem seu papel fundamental para que possamos cumprir todas as ações da melhor forma.
Sábado está logo ai.. e enqto ele não chega.. resta-nos arrumar as malas e finalizar cada atividade da melhor forma.
Até Logo...
um Gde Abraço aos nossos companheiros da Operação Oiapoque!
Lúcia - Estudante de Arquitetura e Urbanismo - Operação Tuiuiú
